20 de novembro de 2010

Nem lembranças...


Olá, Querido!

Há tempos não conversamos e nem tragamos a mesma fumaça... também há tempos não pouso meus olhos nos teus e nem sinto mais o teu cheiro inebriantemente másculo e gostoso. Mas hoje, hoje foi um dia especial... senti teu cheiro em outro corpo e num passe de mágica, vi você andando com as almas do Mississipi... eu estava lá, sentada, apreciando as almas que vagam procurando paz... parecem nunca encontrar!

Sentei-me porque encontrei a Paz.

Voltando àquele nosso papo que ainda não terminou, queria apenas te dizer que, sinceramente, você ficou atrás... foi meio-bom enquanto durou e você sabe disso... eu não quero pra minha vida, alguém que seja metade, um terço ou qualquer outra parte daquilo que restou antes de ficar preso em alguma criatura que cruzou teu caminho, tua cama... tua lama que você fuça sem se alimentar... você é muito, mas muito pouco pra mim... Querido, acho que só você não enxergou isso...

Lembra daquele dia em que eu tropecei e cai da Vida? Aquele dia em que você sumiu, deu no pé, amarelou? Pois é... foi o primeiro dia em que me libertei definitivamente de você... Pra sua curiosidade, estou bem, mas tão bem que ao encerrar essas letras cheias de veneno, nem mais me lembrarei de você... tuas camisas? Claro que queimei... junto das tuas fotos... aquela porcaria que você chamava "perfume", despejei no vaso sanitário e quando acionei a descarga, vi você escorrer pro cano, junto daquele cheiro de feno com bosta que você exala.

Pra você, um copo dose dupla de princípios... com certeza não te faria mal algum!

Au revoir, w.a.s., o patife.

Ândrea Mamontow, A RUSSA.

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