29 de janeiro de 2011

Definitivamente, VIVER é uma bebida esquisita mas vicia... Ândrea Mamontow, A Russa...

Nota inicial: o seguinte texto não está concluído, visto que um pequeno desentendimento está acontecendo em torno da situação. Logo, eu, vitoriosa, lançarei palavras sem o recurso do eufemismo (detesto)...
 Carpe diem!

Costumeiramente, não errei em errar naquele enfadonho e morno domingo - como quase todos os domingos são... enfadonhos, mornos, com cheiro de sofá encharcado de costas e bundas e outras coisas físicas que moldam as espumas e tecidos ou couros... domingo é um bom dia pra se desgraçar ou pra morrer, pra quem tem essa disposição... no meu caso, costumo desgraçar-me neste dia...

Mas, lá fui eu, novamente, rumo ai "sei lá o que" ou "sei lá que porra é essa", como dizemos quando vamos fazer algo que pode ser arriscado à costumeira comodidade quase espiritual e canônica de cada pessoa...

Sabem bem, os que me acompanham nas aventuras cotidianas, que eu abomino as inverdades e outras faltas de criatividade e graça... Se me perguntarem a coisa mais absurda de se perguntar, eu ainda assim, serei sincera e responderei mas não mintam para mim porque a mentira tem um cheiro curto e fastidioso... a mentira tem até cor - acredite-me! Sabe aquela cor de defunto... aquela meio amarelada, meio esverdeada... quase roxeada nas bordas dos traços... a mentira é como essas cores... dão-me uma repugnância imensa e uma vontade de cuspir que não me controlo...

Lá chegando, pra minha des-surpresa (amo sempre as reticências e os neologismos), o sujeito era exatamente o que eu imaginei: tosco, grosseiro, um desalinhado, deselegante e todos os "des+alguma coisa ruim" que existir por ai... coisa que me dá ânsias de vômito é pessoa que "masca" os alimentos... não dá pra conversar com um sujeito que pega a batata com os dedos, mergulha-a numa espécie de creme de salmonela com botulismo e enfia-a na boca - claro -, no meio do percurso, várias gotas do tal creme vão se derramando pelo caminho... na mesa, na camisa, no queixo... aí começa a "mascação": como conversar com uma pessoa olhando pra cara dela e enxergar a batata se misturando à saliva, aos dentes, à língua que frenética lança a massa mascada pro outro canto da boca, já reservando espaço para lotar mais a cavidade bucal de alimento gorduroso e "encremado" e, atenção, sem engolir a primeira batata-vítima... dá-me convulsões no esôfago escrever essas coisas, mas a minha intenção aqui é escrever exatamente ou quase, tudo o que vivo, então... ature-me se puder...

Nessa hora, que era mais morna que no começo, eu queria que um louco invadisse o lugar e o pegasse como refém e, acidentalmente, a arma disparasse... cruel isso, eu concordo, mas a vontade é minha e eu sou responsável por ela... não retiro esse pensamento, é um direito meu!

Mas vamos lá... imagina um indivíduo que passa um dia todo (não esqueça, o dia era morno, quente e chato como todos os domingos) elogiando-te: admira-se dos olhos, do nariz, da boca, das pernas, das sardas, do riso... da voz... da inteligência, da cultura, das histórias, dos momentos descontraídos, etc, etc, etc... sabe quando o cara quer conquistar, seduzir e começa a bajular? Então... mulher inteligente não gosta disso.

Eu odiei.

Durante a desagradável conversa, eu tinha vontade de dizer assim:
- Me aguarde um instante de 100 horas que já volto...

Ou:

- Já que você está se esforçando pra se parecer gentil, poderia, por gentileza, fazer o divino favor de jogar-se no vaso sanitário e acionar a descarga com força?

Mas... a tolinha não fez nada disso... educadamente ou idiotamente, manteve-se agradável (só aparências!) como se estivesse na presença de um ser ma-ra-vi-lho-so... acho que consigo isso por causa dos anos de teatro que fiz e que me renderam até algumas premiações... vai saber...

O morno deu lugar ao espetáculo que eu considero o mais lindo da natureza: o pôr do sol e, mais lindo ainda foi o desfecho de um dia inteiro curtindo um chato, tosco e mal-educado que se acha o gostosão da quinta idade, de andar cambaleante de quem tem os meios cozidos e assados e, quiçá, em carne viva, carecão de nariz quebrado mas, que se acha um gatinho! Ui! Que medo!

Como é bom desabafar... obrigada!

Ândrea, A Russa.

20 de janeiro de 2011

Ano Novo... Novo ano?

Que me perdoem as pessoas excessivamente inundadas de esperanças e crendices, mas eu ainda estou mentalizando o que é o ano novo...

Claro que tenho planos, sempre os tive e em abundância! Não existo sem um plano, aliás, sem meia dúzia deles por dia! Mas peço, por favor, não me enviem mais aquelas mensagens bizarras, impregnadas de falsos desejos ao próximo e outras aberrações imagéticas que lotam meu hotmail de vírus e outras turbulências... Fale-me na cara, na caruda mesmo!

Pra quem conseguir entender, lá vai: parabéns às pessoas que tiraram as máscaras e esparramaram verdadeiras e próprias emoções... Gostei demais!

Bem... lá vou eu, me preparando pra começar a lutar em 2011... Ano Novo, porém apenas uma continuação... graças a Deus!

Beijos mágicos da Russa!

Tudo e nada... Kalu Rinpoche...

Imagem: As nereidas, de Gaston Bussieri

Você vive na ilusão e na aparência das coisas.
Há uma realidade, mas você não a conhece.
Quando compreendê-la, vai ver que você não é nada,
E, sendo nada, você é tudo.
Isso é tudo.

Kalu Rinpoche