2 de junho de 2011

Héducassaum

Há tempos já havia recebido este mail que posto a seguir... a minha indignação só não é maior porque convivo diariamente com situações surreais na educação. Sou, também, professora nas áres das artes e letras. Constantemente, elaboro as avaliações para aplicar aos alunos baseada nas aulas que ministro... todo primeiro bimestre é assustador.

Eu planejo as minhas aulas. Eu passo horas elaborando atividades legais, interessantes, preparando vídeos, buscando novidades e... pra quê? Pra mim mesma!

Sim... cada dia mais, eu estou convicta de que a escola tornou-se apenas um depósito de crianças e jovens, assim como se previa desde a Revolução Industrial: cada dia mais os pais se ocupam de seus trabalhos, seus projetos pessoais e os filhos são incumbência da escola... não exatamente da escola, mas do professor.

Mas a situação ainda é mais dramática quando a relação familiar é desequilibrada: os pais para compensar a ausência de suas funções melindram os filhos... estes vão à escola como se fossem os clientes mais especiais do universo - e o são, para os donos dessas empresas educacionais -, e o professor passa a ser o refém do aluno... aquela criança dócil e adorável transforma-se num grande monstro numa sala de aula: distorce e descontextualiza as falas do professor, profere agressões verbais que colocam o profissional da educação em situação de extremo desconforto e indignação... humilha aquele que só está ali porque acredita - ACREDITA -, que pode favorecer o futuro de seus alunos... mas... o professor é refém sim: de coordenadores demagogos, de diretores que ficam em suas cadeiras somando números e cifras, de pais arrogantes e hipócritas, de alunos rebeldes, revoltados, maldosos... e burros. Sim... burros!

Por que burros? Porque ao invés de se apoiarem nos professores, aproveitarem as situações que o professor apresenta em cada atividade, ao invés de aproveitarem o tempo que lá depositam para efetivamente construírem o saber, aprimorar a aprendizagem, trocar experiências, vão à escola para "descolar" uma namorada ou namorado, para trocar ideias com os colegas, para brincarem e sonharem sonhos que poderiam ser sonhados em outro lugar que não a escola... agressão, desrespeito, desequilíbrio, arrogância, hipocrisia, sarro e sarcasmo são algumas das regras que os alunos impõem aos professores... e nós? Bem... nós temos que continuar lutando pra que os docentes tornem a serem vistos e enxergados como sócios da família, afinal, os filhos passam muito mais tempo com os professores que na presença de seus pais.

Mas o que vamos ler a seguir é uma constatação... triste e calamitosa, mas uma constatação... acho que dá pra rir no final... um riso nervoso e tenso... se puder!



A Evolução da Educação:
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:


Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00      ( )R$ 40,00        ( )R$ 60,00      ( )R$ 80,00      ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM      ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00      ( )R$ 40,00       ( )R$ 60,00      ( )R$ 80,00      ( )R$ 100,00

7. Em 2010 ...:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder pois é proibido reprová-los).
( )R$ 20,00      ( )R$ 40,00      ( )R$ 60,00      ( )R$ 80,00      ( )R$ 100,00


E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado)

- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se 'pensará' em 
deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!

Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!


é... na verdade eu gostaria de ser mais explícita e rebelde nas minhas constatações mas... eu ainda acredito que a Educação é o caminho certo para que haja uma (r)evolução em algumas raras cabecinhas que milagrosamente estão em poucas salas de aula...
Um abraço, Ândrea...

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