6 de maio de 2013

Meu dia de sobrevivente...

Amanhã será uma data propícia para sobreviver! Um brinde a todas as valsas que tocarão... Amanhã é o dia do equilíbrio... a data em que todos os meus pontos se alinharão com o futuro e a caminhada para a vida nova terá início!
Marchemos!
Não uma marcha cinza e batida... quero uma caminhada como caminham as pedras cabelos abaixo... gosto de sentir as pedras rolando do cimo da minha cabeça e formando vias barulhentas sob meus sapatos...
As caminhadas devem ser sempre na direção que o vento vai contra... não é bom presságio deixar cheiros pelo caminho... eu ando e caminho e danço entre os vãos dos meus sonhos.
As conexões estão todas ali me esperando latejar mais um pouco ao oeste... e é lá que a brisa boa vai soprar quando eu chegar... e as coisas voadoras vão anunciar a minha chegada no futuro! Que esplendor tem as coisas que brilham no futuro!
Minha mãe me segura pela mão e aponta a direção que não devo tomar! Ela cuida para que eu não cruze azares e temores! É ela quem me fortalece todos os lados de mim... ela coloca na minha sacola todas as coisas que preciso para caminhar segura: livros, sonhos e um bocado de música para me alimentar.
Vez ou outra, a prece que ela canta chega aos ouvidos dos protetores... e eles me protegem! Quando a prece falha, os espíritos dos cães das matas veem me saudar... eles me acompanham e uivam espantando as sombras que querem roubar a minha sombra. Estou sempre guardada e protegida, amém!
Mas amanhã é meu dia de sobrevivente! E tenho que entrar nele toda lapidada de diamantes e outras pedras que ofusquem tudo o que não é seguro.
Atrás da grande árvore tem sempre um arbusto em que posso esconder coisas da memória assombrosa.
E amanhã, será o meu dia de sobrevivente... quanto orgulho há em se destruir e se construir constantemente!  Já estava eu atrasada de me reformar! Quanta saudade há nos olhos que envelheceram em troca de sonhos errantes! Quero os abrir em nova sintonia... lá no futuro é onde os olhos se abrem sem cerimônias dantescas... e eu os abrirei sem medir a altura da luz que fluirá sobre meus cabelos vermelhos-alegria... e dançarei a dança dos loucos, plenos e eternos... porque só o que é eterno pode dançar sem ser incomodado pelos olhos dos idiotas!
Amanhã já está chegando... vamos ajustar os astros, içar as barras das minhas saias e prender as flores mortas nas orelhas... quero entrar bonita e diferente no dia de sobrevivente!

... porque só quem morreu sabe que sobreviver é tão mais importante que apenas viver.

Ândrea Mamontow

15 de abril de 2013

os sonhos da madrugada

De tudo que lá havia pouco restou para recolher nos bolsos. Todas as preces foram gastas pedindo um pouco de paz e nenhuma paz chegou. Lutemos mais um pouco, Amor...

Já amanhece novamente e ainda não conseguimos enterrar todos os holocaustos e terrores que elas haviam espalhado por cima do Olimpo sagrado em que dormíamos... serenamente.

Tensão espalhada em negras vegetações cintilantes... rutilantes... ruminantes: a hora da despedida e a hora de chegada são sempre as mesmas e eu nunca consigo encontrar as palavras que gostaria de lhe deitar aos ouvidos nestes momentos... sempre acabo cedendo ao silêncio e aos olhos aflitos, semi-coloridos, de cílios entrelaçados como nossas pernas em luas de festas...

Há um outro olho que nos observa sorrateiramente... ele quer nos zombar as alegrias as lutas as cerimônias e nós não aceitamos esse desprezo... convido-o a entrar no jardim mas seus pés sem dedos não o permite manter-se ereto sobre as folhagens... ele cai e nossos chacais o devoram deliciosamente cada gota da gordura mole que lhe escorre dos ouvidos da barriga das pernas...

Tento abaixar para pegar um pouco dessa matéria mas não há espaço nos bolsos! A bagagem está completa e orvalhada e o sino anuncia que o momento de recolher-se é chegado. O som dos passos estão chegando e nós temos que buscar abrigo, Amor...

Todos os reinos se perderam nas correntezas dos cabelos vermelhos em ondas e marolas que se esvaíram pelas bordas do prato... não entender e não compreender faz parte do cardápio do dia... há mais alguma prece escondida atrás das orelhas?

Vem, Amor... meu corpo já anuncia que é chegado o momento de plainar na letargia das aves canoras enquanto o menino pesca labaredas e elas não chegam para colher os frutos daquela árvore que você plantou na lata de ervilhas... vem, Amor, vamos estender os corpos nas teias das aranhas armadeiras que se escondem nas bananeiras dos absurdos que vivem em nossa casa...

te encontro ao anoitecer. Ândrea



*e porque há coisas que se escondem nos meus pensamentos e que, se escrevo, é porque calo.

sobre ofícios, artes e vida

Entendo por "ofício", qualquer atividade especializada de trabalho, profissão, emprego, meio de vida... Isso é simples, consta em qualquer dicionário. Mas, na prática, isso muitas vezes significa sacrifício.

Atuando na educação desde 2003, considero-me uma - ainda - novata. Amo o meu ofício. Não amo os anexos dele. Conta simples de se fazer: a considerar os baixos valores pagos à classe docente, acredito que somos heróis resistentes e persistentes; ainda há pouco, após oferecer ensino de qualidade em minha última aula do dia (à noite), comentei com a secretária da escola que, "dar" aula é um veneno que escraviza.

E por que escraviza? Não sei... mas não consigo parar de "dar" aulas.

Nesta semana é meu aniversário... completarei 42 décadas muito bem vividas, regadas à arte, música, trabalho, muito trabalho, leituras... muitas escritas em meus cadernos de "deveres para o passado"... paixões... mais paixões... por tudo: pela vida, pela alegria, pela família, pelos amigos... por mim mesma... aprendi a me valorizar, a gritar, a me impor... conquistei meus espaços... continuo conquistando!

Após tantas paixões, encontrei o Amor... os Amores: e encontrei em formas não-semelhantes: nas artes, há décadas amando pintura, desenho, esculturas e arquiteturas, me encantando por outras artes como o grafite... namorando - às vezes, o artesanato... encontrei o Amor espiritual na alegria de viver todos os dias... o Amor físico e psicológico em meu marido, Hélio... o Amor familiar dos meus pais e irmãos... encontrei-me, em tempo de lutar mais uns bons e extensos anos.

Por quê esse título: sobre ofícios, artes e vida? Simples... tudo isso está permeado, justaposto, sincronizado, concatenado... amarrado. Dá pra encarar mais 42 anos se continuar com esse todo de amor... a saúde às vezes me atrapalha um pouco... aliás, a pequena falta dela: muito stress, muita correria, muitos quilômetros semanais... acredito que eu 365 dias, o que eu rodo por aí daria pra chegar à lua! Pode ser uma hipérbole... mas dá essa impressão... e tudo isso é arte da arte: a arte que eu manifesto nas telas, nos vergês, nas paredes da minha casa alugada... nos desenhos de arquitetura que eu brinco de fazer a minha casa própria e ela, finalmente, está saindo do papel... paredes erguidas e muito dinheiro já investido... logo este sonho também se concretizará... mais um troféu!

E vai me dizer que tudo isso não é a Vida?! Aprendi a não reclamar do tanto de trabalho que tenho... na quarta-feira, dia do meu aniversário, tudo o que eu planejei não acontecerá: acordarei às 6 da matina, às 7 saio de casa e dirijo até o estado de MS... pertinho, uns 35km... chego lá às 7 porque é outro fuso horário... trabalharei até 18h... saio de lá "voando" e entro às 19h em outra escola e lá fico até 23h. Isso porque tudo o que eu planejei era passar a noite em casa, curtindo a nova idade... e olha só o presente que me aconteceu!!

E no meio disso tudo, uma correria, mais de 400 alunos num só dia, aniversário, saudades do marido, do aconchego do lar, da minha cachorra chata Tushka, do jantarzinho light que gosto de preparar enquanto assisto ao jornal... saudade da minha cama maravilhosa... de esticar as canelas que ficam doloridas lá pelas 16h... mas ainda faltarão mais 7h para encerrar o dia de labuta... Telefonar pra mãe entre sair do carro e chegar à sala dos professores... bater um papo, saber se está tudo bem... combinar uma lista de coisas pra fazer no fim de semana... sim, coisas para o fim de semana: eu aprendi a fazer o que eu mais detestava em minha vida: comemorar aniversário!

Quem me ensinou a comemorar o novo nascimento foi a Katia, minha irmã tão amada que tão cedo foi brilhar em outro plano. Envelhecer é coisa interna, da alma, do coração... coisa de gente que não tem muito o que fazer e - graças a Deus, não tenho tempo pra não fazer nada... mas terei tempo para comemorar minha nova primavera, reunir família, amiga, amigo... juntar o povo em redor de uma mesa imensa armada no meio do meu quintal e beber e comer o que de melhor eu puder preparar... é assim que gosto de comemorar meus renascimentos...

E como preciso dormir pra acordar às 4 da madruga, e pra finalizar toda essa blablação, vai me dizer que ofício, arte e vida não andam de mãos dadas? Ofício é viver... a arte maior é viver... a vida... a vida é viver... simples como tomar um sorvete na praça olhando o povo feio disfarçado de bonito zanzando pra todos os lugares... e também isso é viver...

Obrigada, Ândrea

26 de julho de 2012

Sobre ser e estar... GORDO ou GORDA...

Se você é negro, gay, doente mental, careca, barbudo, tem pernas tortas, padece de alguma doença degenerativa, é pobre, é rico ou qualquer coisa parecida, você é gente!

Ah como deve ser bom SER GENTE!


Negro é pessoa. Gay é pessoa. Qualquer gente é pessoa, oras!


Qualquer gente? Não. GORDO não é gente e definitivamente, não são pessoas.

Se você está lendo esse post e você não faz parte clube dos obesos, gordinhos, gordos, baleias, você não conhece a lista de "adjetivos" a que os GORDOS são identificados. Vamos lá... chupeta de baleia, fofo/a, elefante ou "elefoa" ou ainda, "elefanta", gordinha, rolha de poço, porca-gorda (não basta ser gorda, tem que ser porca!), massa, brastemp, hipopótamo, merdona (mais uma vez, não basta ser merda, claro, o gordo ocupa mais espaço, tem que ser merdona), ilza carla, vovózona, mãe-do-gilbert-grape, batata ou batatona para as mulheres e batatão para os homens... e tem musiquinhas como: gorda-baleia-saco de areia. Ainda, quando tem um gordo feliz no pedaço, tem sempre uma invejosa pessoa que começa: um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais... e por aí vai.

Há um quase infinito número de outros nomes que uma pessoa legal denomina aos GORDOS.


- Nossa! Você tem um rosto tão lindo... (E nas reticências o gordo ouve: mas em compensação o resto...)

Por que gordo tem que ser feio, palhaço, espinafrado, desengonçado, etc? Ninguém se orgulha se estar gordo! Não existe um herói ou heroína gorda!

Não há passeatas para o orgulho gordo. O próprio gordo tem tanto medo de SER porque ESTÁ gordo, que não tem orgulho de existir nem para si.

Até as confecções descobriram que gordos jovens curtem estar na moda ou, ao menos, bem aparentável, e há um sem fim de lojas especializadas e, mesmo nas lojas como casas pernambucanas, renners e outras, há uma "ala" para os fats...claro... o gordo ou a gorda estão tão desesperados para se "enquadrarem" e mesmo para se sentirem bem e aumentar a autoestima, que não se importam em pagar o dobro ou o triplo do preço num pedaço de pano que o faça se sentir magro! É um sonho caber num jeans!

Você se lembra do Fat Family? Aquele grupo de irmãos que ERAM gordos? Fizeram cirurgia bariátrica, a conhecida "redução do estômago" e agora SÃO todos lindos! Eles se "enquadram" na sociedade por serem negros, mas NÃO por serem gordos então... ficaram magros!

EU, essa pessoa que aqui escreve, participo do grupo dos OBESOS. Vou deixar bem claro, antes que pensem que sou racista ou estou postando contra os GORDOS, meus "chapas"... na verdade, estou somente desabafando. O blog é meu e escrevo o que eu quiser. Se te agradar, continue lendo ou vá na cozinha beliscar um teco de alguma coisa deliciosamente calórica!

Antes, eu ERA menos gorda, mas ultimamente, andei me perdendo do controle e engordei mais um pouquinho...e tem GENTE que diz que estou "gordinha"!


Está aí a grande diferença: SER e ESTAR são duas coisas bem distintas!

E mais distinta ainda é a diferença de  gordos, por exemplo: sempre tem alguma figura na plateia do Jô Soares que grita "lindo", "gostoso", etc, e outras personalidades da TV que dizem que Jô é sexy...hmm... mas quantas mulheres GORDAS são assim chamadas?

E tem aquele médico que faz caridades lindas para pessoas "defeituosas", menos para GORDAS e, não satisfeito, ele acrescenta que a "mulher gorda não pode existir, que vai morrer, etc"...

O que está explícito é que homem gordo pode, mas mulher gorda é a treva! Merece morrer queimada viva, essa desgraçada, numa pira funerária imensa, rodeada por ninfas esbeltas, bem afeiçoadas de narizes, seios murchos ou com silicone e bundas magrelas, ao som de alguma música tensa e intensa, um Dvorak enlouquecido, tocada por músicos magros e tesos por assassinar essa espécie fadada à morte - conforme diz o doctor ray... a gorda maldita, a Mama Cass Eliot do ano dois mil... matem as GORDAS! Comam-nas enroladas em folhas de alface!
...
A Gorda, espécie que a sociedade que esconder em bariátricas, em cirurgias plásticas, em roupas que se parecem lonas de circo estendidas no maracanã... a Gorda, é somente uma mulher. Mulher. Você sabe o que é uma MULHER? Aquela pessoa do sexo feminino, a guerreira ou a mocinha que quer ser salva da torre guardada pelo dragão da obesidade... mas para a GORDA, não existe um príncipe encantado e nem um cavalo que aguente seu peso... a Gorda está fadada a estar solitária dentro de toda a derme que a abraça.

Seria tão louvável se existisse um "Fat Day" regido por Baco, uma avenida invadida por gordos e gordas, todos nus, felizes, cantando, dançando, transando, bebendo, fumando, comendo, ou até mesmo chorando, mas que saíssem às ruas e invadissem todos os espaços com seus suores, suas massas balançantes, suas carnes soltas, sem se preocuparem com o que os outros vão pensar, falar...  Mas é só mais um devaneio...

Um devaneio de uma GORDA que pensou que fosse gente, que pensou que fosse mulher, que pensou que pintar, estudar enlouquecidamente, que pesquisar coisas e mais coisas, que conhecer o mundo, que trabalhar num ritmo alucinado, que se encantar de dores, amores, músicas, tintas, viagens, que servir, ajudar, que tudo isso fosse amenizar a beleza e a tristeza de existir num corpo gordo...


Estar gorda é um momento do corpo. SER gorda é um momento de alma... Eu SOU e ESTOU gorda... meu corpo é só uma embalagem gasto na viagem... uma mala surrada carregada de armas que podem disparar num sopro. Ah, a minha alma... bem... esta é indefinível, imensurável e impalpável...


Bem, agora peço licença... Está na sala um homem a me esperar, impaciente. Dvorak escreveu uma música só para mim e Rostropovich subiu das trevas para me ver delirando na pira funerária... Senhoras e senhores, vai começar o ritual da pira para uma gorda... por favor, preciso me despir e me pintar para dançar nas labaredas.

Boa noite.

Ândrea Mamontow

3 de março de 2012

Sumida...

Faz tempo que não visito meu espacinho... a vidinha virou um vidão! Muita correria, um turbilhão de acontecimentos, casamento, mudança, trocas de empregos... só correria e falta de um tempo gostoso para me dedicar por aqui.

Prometo que agora postarei as minhas asneiras com mais frequência, até porque sobra-me tempo e asneiras! rss

Um beijo mágico da Russa...

Recomendação...

Recomendo o blog de um amigo muito querido, o Jamil... ácido porém lúcido... divertido e sarcástico mas, acima de tudo, extremamente reflexivo e informativo:



http://jamilladob.blogspot.com/

2 de junho de 2011

Héducassaum

Há tempos já havia recebido este mail que posto a seguir... a minha indignação só não é maior porque convivo diariamente com situações surreais na educação. Sou, também, professora nas áres das artes e letras. Constantemente, elaboro as avaliações para aplicar aos alunos baseada nas aulas que ministro... todo primeiro bimestre é assustador.

Eu planejo as minhas aulas. Eu passo horas elaborando atividades legais, interessantes, preparando vídeos, buscando novidades e... pra quê? Pra mim mesma!

Sim... cada dia mais, eu estou convicta de que a escola tornou-se apenas um depósito de crianças e jovens, assim como se previa desde a Revolução Industrial: cada dia mais os pais se ocupam de seus trabalhos, seus projetos pessoais e os filhos são incumbência da escola... não exatamente da escola, mas do professor.

Mas a situação ainda é mais dramática quando a relação familiar é desequilibrada: os pais para compensar a ausência de suas funções melindram os filhos... estes vão à escola como se fossem os clientes mais especiais do universo - e o são, para os donos dessas empresas educacionais -, e o professor passa a ser o refém do aluno... aquela criança dócil e adorável transforma-se num grande monstro numa sala de aula: distorce e descontextualiza as falas do professor, profere agressões verbais que colocam o profissional da educação em situação de extremo desconforto e indignação... humilha aquele que só está ali porque acredita - ACREDITA -, que pode favorecer o futuro de seus alunos... mas... o professor é refém sim: de coordenadores demagogos, de diretores que ficam em suas cadeiras somando números e cifras, de pais arrogantes e hipócritas, de alunos rebeldes, revoltados, maldosos... e burros. Sim... burros!

Por que burros? Porque ao invés de se apoiarem nos professores, aproveitarem as situações que o professor apresenta em cada atividade, ao invés de aproveitarem o tempo que lá depositam para efetivamente construírem o saber, aprimorar a aprendizagem, trocar experiências, vão à escola para "descolar" uma namorada ou namorado, para trocar ideias com os colegas, para brincarem e sonharem sonhos que poderiam ser sonhados em outro lugar que não a escola... agressão, desrespeito, desequilíbrio, arrogância, hipocrisia, sarro e sarcasmo são algumas das regras que os alunos impõem aos professores... e nós? Bem... nós temos que continuar lutando pra que os docentes tornem a serem vistos e enxergados como sócios da família, afinal, os filhos passam muito mais tempo com os professores que na presença de seus pais.

Mas o que vamos ler a seguir é uma constatação... triste e calamitosa, mas uma constatação... acho que dá pra rir no final... um riso nervoso e tenso... se puder!



A Evolução da Educação:
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:


Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00      ( )R$ 40,00        ( )R$ 60,00      ( )R$ 80,00      ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM      ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00      ( )R$ 40,00       ( )R$ 60,00      ( )R$ 80,00      ( )R$ 100,00

7. Em 2010 ...:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder pois é proibido reprová-los).
( )R$ 20,00      ( )R$ 40,00      ( )R$ 60,00      ( )R$ 80,00      ( )R$ 100,00


E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado)

- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se 'pensará' em 
deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!

Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!


é... na verdade eu gostaria de ser mais explícita e rebelde nas minhas constatações mas... eu ainda acredito que a Educação é o caminho certo para que haja uma (r)evolução em algumas raras cabecinhas que milagrosamente estão em poucas salas de aula...
Um abraço, Ândrea...

21 de março de 2011

Lendo e já indicando... Sumidouro das Almas, de Jorge Fernando dos Santos...

A Atual Editora lançou "Sumidouro das Almas", de Jorge Fernando dos Santos. Eiiita livrinho gostoso de se deliciar! Embora seja indicado para alunos do fundamental II, eu indico a qualquer pessoa... uai, se não fosse bom...


Raramente eu indico algum texto por aqui pois nada tem me atraído tanto assim os desejos de propagar algo "lível"... Até agora, em nada eu desaprovo a obra... por isso estou aqui, compartilhando essa maravilha com quem me visita e com quem se hospeda deliciosamente por aqui... Lá vai!


Imagem da Obra


Sobre a Obra

Um destino traçado à bala.
Ainda menino, Faustino se vê frente a frente com a crueldade quando seu pai é assassinado a mando de um grileiro da região onde moram. A cena de violência e o sentimento de perda vão acompanhá-lo por toda a vida, incitando-lhe o desejo de vingança.
No garimpo, de posse de uma bela pedra, ele pensa ter encontrado um meio de recuperar as terras arrebatadas de sua família. Contudo, a cobiça impõe-lhe uma nova perda e o obriga a tomar um perigoso caminho. Um caminho sem volta.
Em sua 2ª. edição revista, Sumidouro das Almas aprimora-se. Faustino, corruptela de Fausto, alude ao antigo mito alemão, cujo protagonista vende a alma ao diabo em troca de benesses na vida terrena. O tema do pacto é mais comum do que se pensa.
A obra explora as mazelas do sertão, expondo com maestria as penúrias psicológica e social do norte de Minas Gerais, em meados do século XX. As descrições realistas da atmosfera regional remetem à densidade literária de autores como Erico Verissimo, Guimarães Rosa e Graciliano Ramos, influências confessas de Jorge Fernando dos Santos.
  A riqueza da obra se completa com as referências aos filmes de faroeste, ao Cinema Novo, a Dom Quixote de la Mancha e à literatura de cordel,  poesia popular nordestina impressa em folhetos rústicos que geralmente narram grandes pelejas.
 
TEMAS PARA ATIVIDADES
História/Geografia: identificar num mapa do Brasil, pesquisar a história e as condições socioeconômicas do Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais;
Português: analisar a linguagem regional, suas características e compará-la com a de outras partes do país;
Literatura: comparar o protagonista de Sumidouro das Almas com o personagem Fausto, da obra do poeta alemão Goethe.
 
TEMAS TRANSVERSAIS
Ética
Pluralidade cultural
Ecologia


Gente!! VALE DO JEQUITINHONHA!! EU AMOOOOO!!!!!

Beijos mágicos por aqui... 

13 de março de 2011

Não precisa de título...



“Não quero e não mereço asfixiar dentro de mim a condição de ver o mundo sempre com os olhos renovados”.


Sou uma alma a procura da verdade sobre esse vale de escravidão, no qual se encontram todos os buscadores da luz, a verdade por detrás do véu ... Abra sua mente, mas não feche seu coração... Liberte a luz de seu interior e combata as forças negras que imperam neste chão em que pisamos... Somos hospedeiros da luz,,, Somaremos por UM, formando uma conexão interna entre corpo-alma e coração...

Reflexão...
... Quando há conexão interna entre alma e coração, palavras ditas produzem, ordenadamente, a vibração necessária para que não haja dissonâncias, desconfortos aos sentidos, tudo flui, de acordo com o estado de amadurecimento do ser, fora de sua conjunção com o senso de importância pessoal. Ver, ouvir, falar, calar e sentir são os mecanismos que conduzem todos os seres evolucionais a um diálogo compassivo, desde que se compreenda a condição de alma adormecida em seu crescente despertar. Se nos colocarmos no caminho transcendental sem a armadura de defesa do ego, (senso de importância) daremos os primeiros passos para compreendermos-nos dentro do grande contexto que se chama vida espiritual... A liberdade de expressão do ser é conjunta na linguagem do amor (incondicional), porém, há momentos que não precisamos nos expor para não ferir a energia ordenadamente crescente em cada individuo, para que ele abra a porta do universo interior com a chave mágica do seu coração...
...


Recebi esse texto e, embora eu brigue com ele em vários aspectos, entendo-o como uma via... questionar-se, constantemente, me leva a autorrenovação... renovar meus valores sem me infectar pelos propósitos gerais e convencionais... vou pensar nessas palavras durante toda a semana.

Meu inferno astral está com tudo! Será que é uma boa fase pra meditar, organizar-se e refletir? Eu penso que isso é válido... estou tentando...

Namastê, A Russa...

28 de fevereiro de 2011

Ora, ora!!

Pra minha pessoa foi um espanto agradável!

No início era só eu e os anônimos...

Depois veio o Fram, Amigo que adoro... O Amigo com quem me divirto, O Cara que me entende, que me alegra e que me encanta... um Homem em toda amplitude da palavra, um gentleman lindo e fascinante...

E agora somos três: eu, Fram e a Rachel! Que você seja muito bem-vinda por aqui! É uma alegria tê-la n'A Russa!

Aos anônimos que aqui entram, tiram e não dão os créditos, meus insentimentos...

Obrigada Fram, obrigada Rachel... um beijo mágico a vocês!